Erosão dentária: como pode afetar os seus dentes

Você é fã de refrigerantes ou alimentos ácidos? Caso a resposta seja sim, a erosão dentária deve ser um ponto de atenção quando o assunto é a sua saúde bucal! Se você sente pontadas nos dentes ao comer alimentos gelados, muito quentes ou durante a escovação, isso também é um sinal de alerta! 

Mas calma! Não precisa deixar de comer todos os seus alimentos favoritos! O que mais importa aqui é a moderação.

A erosão dentária tem vários estágios e requer tratamentos diferentes em cada um deles. 

Ao longo do artigo, explicaremos um pouco mais sobre o que é erosão dentária, as causas por trás desse problema e como tratá-lo. Acompanhe! 

O que é a erosão dentária?

Na Geografia, estudamos a erosão como um fenômeno de desgaste do solo e formações rochosas por meio da ação da água da chuva, raios solares e o vento. De maneira resumida, é um fenômeno de corrosão motivado por fatores externos. 

O princípio da erosão dentária é o mesmo, mas, em vez de falarmos de água, ventos e raios solares, a ação de ácidos é a responsável, e o que se desgasta é a superfície mineral dos dentes, chamada de esmalte. 

O esmalte é responsável pela proteção das camadas mais sensíveis do dente. Assim, com a sua diminuição progressiva pelo processo de erosão dentária, a dentina (uma camada porosa e repleta de túbulos dentinários conectados aos nervos) acaba ficando exposta. 

O resultado disso pode ser percebido na descoloração dos dentes (que podem se tornar mais amarelados) e também na hipersensibilidade dentinária.

Leia mais: O que causa a hipersensibilidade dentária?

A erosão dentária pode ser classificada em 3 classes, de acordo com as suas causas. São elas: 

• Erosão dentária extrínseca: é causada por ácidos externos, presentes especialmente em alimentos como: frutas cítricas (morango, uva, limão, laranja, maracujá e abacaxi, por exemplo), refrigerantes, vinhos, bebidas isotônicas, dentre outros. Embora a maior causa desse tipo de erosão seja a alimentação, também é possível que o fenômeno aconteça por conta de medicamentos ou até mesmo por ácidos presentes no ar. 
• Erosão dentária intrínseca: os ácidos responsáveis pelo processo de erosão dentária são internos e provenientes de condições como: refluxo, indução de vômitos (comum em distúrbios alimentares como a bulimia), dentre outros problemas gastrointestinais. 
•  Erosão dentária idiopática: são casos em que a origem dos ácidos responsáveis não pode ser imediatamente identificada pela análise clínica e avaliação do estado do paciente. Assim, exames mais aprofundados podem ser recomendados para realizar a investigação. 

Qual a diferença entre erosão dentária e cárie?

A erosão dentária pode ser comumente confundida com cárie, uma vez que ambos são motivados pela ação de ácidos na estrutura do dente. No entanto, existem algumas diferenças marcantes entre esses quadros.

A primeira delas está na origem dos ácidos responsáveis pelo processo de corrosão. Enquanto os ácidos das cáries são produzidos pelas bactérias da placa concentrada no dente, na erosão dentária esses ácidos não estão associados à atividade bacteriana. 

Vale lembrar também que as bactérias responsáveis pelas cáries já vivem naturalmente na boca, de maneira inofensiva para o organismo. No entanto, quando a escovação e higienização não são bem realizadas, as bactérias  podem se acumular nos dentes, formando as placas bacterianas. Daí se inicia o processo de corrosão. 

Já no caso dos ácidos responsáveis pela erosão dentária, tratam-se sempre de estímulos externos à região bucal, ou seja, que foram introduzidos na boca, seja pelo ambiente (alimentação) ou pelo próprio corpo (refluxo). 

A segunda diferença está na localização das lesões. Nas cáries, essas lesões se iniciam na subsuperfície dos dentes. Já na erosão dentária, a ação é concentrada na superfície.

Por fim, enquanto a lesão inicial de cárie (mancha branca) é reversível, a perda de esmalte não é, ou seja: não existe uma maneira de fazer com que o corpo produza material mineral novamente para um dente prejudicado. 

Leia também: Entenda como ocorre a erosão dentária em crianças

Diagnóstico da erosão dentária

O diagnóstico da erosão dentária pode ser realizado a partir da análise clínica dos tipos de lesões observadas nos dentes e a partir da anamnese (procedimento no qual o dentista irá perguntar o que você está sentido, histórico médico, hábitos e outras informações que possam auxiliar no diagnóstico).

Mas como saber se você está sofrendo com erosão dentária?! O indicado é agendar uma consulta, caso você: 

• Sinta pontadas nos dentes ao comer alimentos muito frios, quentes ou ácidos. 
• Identifique dores durante a escovação, inchaço na gengiva ou sangramento. 
• Note que os seus dentes estão mais amarelados que o normal, apresentem manchas ou estão com as pontas transparentes. 
• Apresente um histórico de refluxo, anemia, bulimia ou outros diagnósticos que levem a episódios de vômito. 

O que fazer para acabar com a erosão dentária?

Como já mencionamos, o melhor tratamento para a erosão dentária depende das suas causas associadas e do seu estágio no momento do diagnóstico. 

Em casos de erosão dentária extrínseca, mudanças na dieta (buscando diminuir a frequência de alimentos e bebidas ácidas) podem ser uma maneira de reduzir a carga ácida nos dentes. 

Atitudes podem ser implantadas para diminuir a ação ácida sobre os dentes. Consumir produtos como leite e seus derivados, logo depois do alimento ácido, pode ajudar a neutralizar ou atenuar seus efeitos. Isso também se aplica para bochechos com bicarbonato de sódio. 

Leia mais: 10 dicas infalíveis para evitar a perda do esmalte dentário

Por outro lado, a aplicação do flúor (conforme indicação do seu dentista) poderá auxiliar no fortalecimento dos dentes, tornando-os mais resistentes contra a ação corrosiva. 

Para casos mais avançados, em que o paciente já está sofrendo com a hipersensibilidade dentinária, o tratamento pode ocorrer por meio da aplicação de vernizes fluoretadas nos dentes afetados para repor a camada de proteção. Pergunte ao seu dentista.

O tratamento com laser de baixa potência também pode auxiliar na diminuição do volume de túbulos dentinários expostos, amenizando a sensibilidade e a dor. Em alguns casos, contudo, a utilização de cremes dentais dessensibilizantes já é o suficiente para diminuir os desconfortos. 

Livre-se da erosão dentária: conte com a Crie! 

Apesar de poder apresentar causas distintas, quanto mais cedo um caso de erosão dentária é identificado, mais rápido e eficiente é o seu tratamento. Exatamente por isso, as consultas de check-up odontológico são tão importantes! 

Afinal de contas, antes mesmo de chegar a causar dor, a erosão dentária pode já estar acontecendo e passando despercebida em seus sinais bem sutis, que podem ser difíceis de identificar. 

Apenas por meio da análise de profissionais especializados, o diagnóstico se torna mais claro. E é exatamente isso que você poderá encontrar na Crie!

Na Crie Odontologia, podemos ajudar você tanto no tratamento de estágios distintos de erosão dentária, como na prevenção do problema! Agende sua consulta e tire suas dúvidas com um de nossos especialistas! 

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